PROVA PRONTA 1° ANO DO ENSINO MÉDIO

Avaliação de Língua Portuguesa e Literatura | Atividade Avaliativa para o Primeiro Ano do Ensino Médio com 10 Questões
Habilidades: Interpretação de Texto; conectores; Paronímia e Homonímia; Identificar o tema de um texto, identificar informações explícitas; Estrutura do poema.

Leia o texto abaixo, de autoria de Aldo  Bizzocchie depois responda às questões de 01 a 05.

A morte das palavras

    
     Palavras são como as pessoas: nascem, vivem e morrem. Umas de morte morrida, tão velhas ficaram como as coisas que designavam. Quem hoje anda de tílburi? Quem compra ou usa pincenez?
    Outras morrem de morte matada: são substituídas por palavras mais modernas, mais "antenadas" com nosso tempo. Quem hoje chamaria o “goleiro” de quíper ou o “médio-volante” de centeralfo? Quem ainda datilografa o próprio nome ou disca um número no telefone? Evidentemente, as palavras são o espelho da realidade e mudam com o mesmo dinamismo com que muda a realidade, mas não é de causar pesar a morte de certas palavras.
    Mas o espantoso é que até palavras gramaticais, aquelas que não espelham a realidade, apenas fazem a língua funcionar, também morram – por vezes, assassinadas pelos próprios falantes. É o caso de "cujo", pronome relativo possessivo, muito útil no passado, mas que, talvez por obrigar a uma inversão sintática da oração, começou a causar embaraço aos usuários menos habilidosos do vernáculo, que passaram a evitar o termo.
    E "tampouco", quem ainda usa? Renunciamos a um vocábulo legitimamente pertencente a nosso sistema gramatical, já que é antônimo de "também", para em seu lugar empregarmos o insípido e menos econômico "também não": "Eu não fui à festa, e João também não".
    A realidade é que certas palavras e expressões como "outrossim", "sobremaneira", "deveras", "dar azo", se perderam nas brumas do passado, e outras não nasceram para substituí-las, ou seja, o idioma apenas se empobreceu de recursos expressivos. Para um amante das palavras, um admirador da língua, esse passamento dos vocábulos pode suscitar nostalgia de um tempo quiçá mais poético. Mas, como disse Drummond na crônica Antigamente, "tudo isso era antigamente, isto é, outrora".
(BIZZOCCHI, Aldo. A morte das palavras. Disponível em: <http://revistalingua.com.br ADAPTAÇÃO)
 
01. O objetivo comunicativo do texto "A morte das palavras" é:

(a) Negar que desapareceram na língua portuguesa vários recursos expressivos significativos.
(b) Evidenciar que em geral as pessoas utilizam algumas palavras para enfatizar o seu ponto de vista.
(c) Ressaltar os significados de algumas palavras de acordo com as especificidades gramaticais da língua.
(d) Mostrar que certas palavras têm um período de existência na língua portuguesa.

02. De acordo com o texto lido, é CORRETO afirmar:

(a) Algumas palavras caem em desuso pela falta de habilidade dos próprios falantes da língua em usá-las.
(b) As palavras são substituídas por outras mais modernas embora isso sempre cause pesar.
(c) As palavras não são o espelho da realidade.
(d) Certas palavras e expressões muito usadas se perderam nas brumas do passado, porque outras sempre surgem para substituí-las.

03. Em “ou seja, o idioma apenas se empobreceu de recursos expressivos”, a expressão sublinhada introduz uma ideia de:

(a) inclusão
(b) exclusão
(c) explicação
(d) contradição

04. “Palavras são como as pessoas: nascem, vivem e morrem. Umas de morte morrida, tão velhas ficaram como as coisas que designavam.” Na passagem citada, o termo sublinhado faz referência a:

(a) coisas
(b) palavras
(c) pessoas
(d) velhas

05. “Mas o espantoso é que até palavras gramaticais, aquelas que não espelham a realidade, apenas fazem a língua funcionar, também morram – por vezes, assassinadas pelos próprios falantes.”
Em relação ao trecho acima, é INCORRETO afirmar:

(a) O termo “até” possui um sentido denotativo de inclusão.
(b) O travessão foi usado com a intenção de indicar diálogo entre dois personagens.
(c) A conjunção “mas” pode ser substituída sem prejuízo de sentido pelo termo “porém”. 
(d) A palavra “espantoso” evidencia a opinião do autor em relação à morte de certas palavras.

06. A imagem abaixo exemplifica o quanto a ortografia da nossa língua portuguesa apresenta detalhes os quais devemos estar sempre atentos.


Outro exemplo do mesmo nível das palavras apresentadas na imagem pode ser em:

(a) Sem e cem
(b) Acento e assento
(c) Sessão e seção
(d) Suar e soar

As palavras que têm uma estrutura, escrita e/ou sonora, muito parecida, mas significados diferentes são chamadas de:

(a) Homônimas
(b) Sinônimas
(c) Parônimas
(d) Antônimas
 
Observe a tirinha; a seguir responda à questão 07.
 
07. As palavras com o mesmo som, mas com significados diferentes, que se repetem na tirinha podem ser classificadas como:

(a) Homônimas
(b) Sinônimas
(c) Parônimas
(d) Antônimas

O poema que segue é de Luís de Camões, poeta português, importante representante do Classicismo - movimento artístico cultural que teve seu apogeu nos séculos XV e XVI na Europa. O Classicismo influenciou o Arcadismo brasileiro, movimento literário que ocorreu durante a segunda metade do século XVIII no nosso país.
Leia-o atenciosamente e depois responda às questões 08, 09 e 10.

De quantas graças tinha, a Natureza
Fez um belo e riquíssimo tesouro,
E com rubis e rosas, neve e ouro,
Formou sublime e angélica beleza.

Pôs na boca os rubis, e na pureza
Do belo rosto as rosas, por quem mouro;
No cabelo o valor do metal louro;
No peito a neve em que a alma tenho acesa.

Mas nos olhos mostrou quanto podia,
E fez deles um sol, onde se apura
A luz mais clara que a do claro dia.

Enfim, Senhora, em vossa compostura
Ela a apurar chegou quanto sabia
De ouro, rosas, rubis, neve e luz pura.

(De quantas graças tinha, a Natureza. Luís de Camões)

08. Assinale a opção que expressa CORRETAMENTE a temática central do poema.
(a) o desapontamento com as experiências do amor.
(b) a valorização das riquezas materiais.
(c) a harmonia entre o ser humano e a natureza.
(d) o sentimento de saudade guardado na memória.

09. Sobre as rimas do soneto de Luís de Camões, marque a alternativa CORRETA.

(a) Nos quartetos, as rimas são interpoladas: ABBA.
(b) As rimas do soneto são todas cruzadas: ABAB.
(c) O esquema de rimas dos quartetos é: AABB.
(d) O soneto caracteriza-se por possuir versos brancos.

10. Considerando-se a estrutura do poema de Camões, podemos identificá-lo como um soneto. Descreva a composição dessa estrutura.

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